domingo, 17 de abril de 2011



Vestígios radioactivos não causam perigo

Radiações de Fukushima atingem Açores

Partículas de gás 'Xenon 133', resultantes da explosão da central nuclear de Fukushima, no Japão, foram detectadas nos Açores, afirmou esta segunda-feira o investigador universitário Félix Rodrigues. Os "vestígios mínimos" encontrados não causam perigo para a saúde

"Pelo estudo de modelação efectuado à coluna de ar da atmosfera, idêntico ao realizado pela maioria dos países, podemos concluir que a maioria das partículas atinge particularmente os EUA e o Canadá, estando os Açores numa situação razoável", acrescentou este especialista da Universidade dos Açores.
Félix Rodrigues salientou que "a modelação baseou-se nos dados disponibilizados pelos EUA e Europa do Norte", que indicam ter sido o 'Xenon 131' o primeiro a chegar, mas sem consequências para a saúde, porque "as quantidades são mínimas e desfazem-se em meia dúzia de dias".
Mais perigosos são o 'Césio 137' e o 'Estrôncio 90', que se "depositam no solo e cuja radioactividade só se reduz a metade passados trinta anos". O 'Césio 137' está a chegar aos Açores “em pequenas quantidades” e a modelação efectuada "não aponta para que venha a descer para o solo".

O transporte das matérias radioactivas, de acordo com o investigador, faz-se sobretudo através das correntes de jacto (jet stream) na estratosfera, movendo as massas de ar em altitude de oeste para leste.





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Último terremoto no Japão provoca duas mortes e 132 feridos, segundo autoridades

Brasília –  O terremoto de 7,4 graus na escala Richter que atingiu ontem (7) o Japão deixou dois mortos, com idades entre 79 e 85 anos, e 132 feridos. De acordo com autoridades, 2,6 milhões de casas e escritórios ficaram sem energia no país após os tremores de terra. Os abalos afetaram a costa do Pacífico, no Nordeste japonês.
As informações são da agência pública de notícias do Japão, a NHK. Como o terremoto seguido por tsunami do último dia 11, os tremores registrados ontem (7) afetaram de forma mais intensa as regiões de Sendai e Miyagi. A Agência de Meteorologia do Japão emitiu ontem alerta de tsunami para as zonas costeiras.
Segundo as autoridades, os tremores de ontem foram uma das maiores réplicas do terremoto do dia 11. A Agência de Meteorologia do Japão advertiu sobre a possibilidade de novas réplicas. De acordo com os dados oficiais, o terremoto seguido de tsunami do mês passado fez mais de 27 mil vítimas entre mortos, feridos e desaparecidos.
A comunidade brasileira no Japão, que reúne cerca de 254 mil pessoas, não registrou problemas mais graves, segundo o Itamaraty. Muitos brasileiros que viviam nas regiões atingidas pelos abalos retornaram ao país. A estimativa,das autoridades brasileiras é que nas áreas afetadas viviam pouco mais de 700 brasileiros.

domingo, 3 de abril de 2011

O violento tsunami iniciado pelo terremoto de 8,9 pontos de magnitude desta sexta-feira formou um enorme redemoinho próximo à costa leste do Japão.

As imagens aéreas mostram como o turbilhão arrasta tudo, inclusive uma lancha, para o seu vértice.

Um especialista entrevistado pela BBC afirmou que o fenômeno provavelmente foi provocado pel encontro das águas do tsunami com alguma outra força, como uma forte corrente, por exemplo.

O redemoinho formado após o tsunami arrastou uma lancha
O alerta de tsunami foi extendido inicialmente às Filipinas, Indonésia, Taiwan, à costa da Rússia no pacífico e ao Havaí.

O epicentro do terremoto foi a 400 quilômetros da capital Tóquio, numa profundidade de mais de 30 km.

O tremor considerado o maior da história do país, aconteceu às 14h46m no horário local, 2h46m, em Brasília.

Plutônio Em Fukushima Torna a Crise Nuclear "Imprevisível"





A descoberta de plutônio no solo da usina nuclear de Fukushima e a alta radiação na água levaram o governo japonês a admitir que a situação é "muito séria" e continua fora de controle no país. Na última segunda-feira foram detectadas pequenas quantidades de plutônio no solo da usina nuclear que, embora não representem risco à saúde, comprovam que houve vazamento de um dos seis reatores da central.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, qualificou como "imprevisível" a situação de Fukushima, no nordeste do Japão, o que exige atenção constante das autoridades. Desde sábado, a situação na usina se agravou e os trabalhadores da empresa operadora, a Tepco, continuam as tentativas de refrigerar seus seis reatores, mas a cada dia enfrentam uma nova dificuldade.
tsunami provocado pelo terremoto de 9 graus na escala Richter, com ondas de até 13 metros, prejudicou o sistema elétrico da central que é necessário para esfriar os reatores que abrigam barras de combustível nuclear. Nesta terça-feira, tentou-se mais uma vez drenar a água radioativa que inunda a zona de turbinas perto dos reatores 1, 2 e 3. Este último é o que mais preocupa por conter um combustível que mistura urânio e plutônio, e é altamente tóxico.
O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, muito crítico à atuação da Tepco, pediu o monitoramento da saída de plutônio da usina e disse que é provável que o material detectado provenha de barras de combustível fusionadas parcialmente. Mas ele ressalvou que as quantidades de plutônio detectadas são as mesmas que podem ser encontradas no ambiente.
AIEA e Tepco - Enquanto isso, em Viena, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) assinalou que a composição do plutônio sugere que ele procede de um reator, embora tenha destacado que se trate de pequenas quantidades. Para as autoridades japonesas, a prioridade agora em Fukushima é continuar lançando água sobre os reatores, além de drenar as zonas inundadas.
Na segunda-feira, os operários da Tepco, além de detectar plutônio, confirmaram o risco de que água radioativa chegue ao exterior por um condutor que rodeia o reator 2. No entanto, a Agência de Segurança Nuclear do Japão assegurou que não há confirmação de que essa água radioativa tenha chegado ao mar e afirmou que os níveis de água nos canais que conectam os reatores 1, 2 e 3 se mantêm estáveis.
Esses encanamentos se encontram a entre 55 e 70 metros de distância do mar e foram escorados com sacos de areia e blocos de cimento pelos operários. A cada dia, a Tepco e a Agência de Segurança Nuclear têm que atender a uma nova emergência na central, enquanto o porta-voz do governo oferece várias entrevistas coletivas por dia para dar sua versão dos fatos. O Executivo japonês prometeu "transparência" na gestão de uma crise nuclear e pediu "sangue frio" aos países estrangeiros para que evitem um alarmismo excessivo.
E o primeiro governante estrangeiro a visitar o país desde o terremoto será o presidente francês, Nicolas Sarkozy. Ele desembarca em Tóquio na quinta-feira. Nos primeiros dias após a crise no Japão, a França qualificou a situação na usina de Fukushima como uma "catástrofe nuclear

Japoneses Temem Radiação Nuclear


Voluntários procuram sobreviventes em meio a destroços deixados pelo tsunami em Fukushima
Os sobreviventes do tsunami que varreu na sexta-feira o nordeste do Japão enfrentavam neste sábado (12) a uma nova ameaça mortal – a possibilidade da fusão de um reator nuclear no centro da zona afetada e uma consequente catástrofe atômica.
A maior preocupação está relacionada a uma possível fusão do reator número 1 da central de Fukushima, a 250 km a nordeste de Tóquio, onde houve pane no sistema de resfriamento. Logo no início, o fogo chegou a lamber barras de combustível irradiado. A 12 km de lá, o reator da unidade número 2 também sofreu danos.
Depois, houve uma explosão na usina número 1. Mas o contêiner do reator da central nuclear não sofreu danos, segundo o governo, que citou dados da operadora Tokyo Electric Power (Tepco).
Em comunicado, o governo também anunciou que o nível de radiação na usina nuclear após a explosão começou a baixar.
O tsunami que ocorreu depois do terremoto de magnitude 8,9 – o sétimo mais potente da história dos sismos na Terra – devastou a cidade de Sendai, onde a polícia encontrou entre 200 e 300 corpos na praia. Entre 300 e 400 outros corpos estavam no porto de Rikuzentakata, que ficou submerso.
As autoridades japonesas estenderam neste sábado a 20 km o raio de retirada da população nas proximidades da usina nuclear de Fukushima. O gabinete do primeiro-ministro ordenou a medida quatro horas depois da explosão, que destruiu o prédio onde está o reator número 1 da central.
A emissora japonesa NHK informou que cerca de 46 mil habitantes haviam sido retirados, mas que ainda restavam 800 pessoas no momento da explosão.
Governo pede calma à população
As autoridades tomam “todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos moradores”, afirmou o porta-voz do governo, Yukio Edano, em entrevista coletiva.
O governo pediu à população, enquanto investigava as circunstâncias da explosão em Fukushima.
Yukio Edano disse que os detalhes do acidente, que aconteceu às 15h36 da hora local (3h36 de Brasília), ainda são desconhecidos. A explosão aconteceu quando uma equipe tentava esfriar um reator nuclear da usina número 1 de Fukushima.
Edano assumiu que os níveis de radiação nos arredores da usina eram altos. Segundo a agência de notícias Kyodo, a radioatividade recebida em uma hora por uma pessoa na central de Fukushima 1 corresponde ao limite anual admissível.
Terremoto para 11 usinas nucleares
Edano também anunciou a ampliação de 3 km para 10 km o raio de retirada da usina nuclear número 2.
A explosão na central número 1 feriu quatro funcionários, que foram transferidos para um hospital da região e que, segundo a companhia elétrica Tepco, operadora da usina, não sofreram ferimentos graves.
O terremoto desta sexta-feira levou à paralisação das 11 usinas nucleares situadas nas áreas mais afetadas, como estabelecem as normas japonesas diante de casos como esse.
Por isso, Edano fez um apelo para que a população economize eletricidade nos próximos dias para evitar cortes de energia.
Desastre sem precedentes
O primeiro-ministro Naoto Kan considerou neste sábado que o terremoto, seguido de tsunami, de sexta-feira no Japão na sexta-feira representavam um “desastre nacional sem precedentes”.
Em toda a região, os sobreviventes, ajudados por milhares de soldados, procuravam suas famílias e amigos. Um homem idoso, em meio às lágrimas, fez um relato emocionado à agência de notícias France Presse.
- Há tanta gente morta. Não tenho palavras para descrever tal situação.
Uma estranha calma reinavam na manhã deste sábado no litoral devastado do Pacífico, no qual a onda gigante, de 10 metros, levou bairros inteiros com suas casas, carros e pessoas.
Outros sobreviventes estão em estado de choque, depois da tragédia que pode ter deixado mais de 1.700 mortos e desaparecidos, segundo estimativas extraoficiais.
Como se a destruição apocalíptica e os tremores secundários frequentes não fossem suficientes, uma nova ameaça apareceu neste sábado, enquanto as autoridades evacuavam os moradores das proximidades de duas centrais nucleares.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Bebê é Salvo Por Bombeiros No Japão

Novidades:


Um bebê de quatro meses foi encontrado com vida no meio da lama. A criança foi arrancada dos braços dos pais pelo tsunami.

O bombeiro, sorrindo, carrega a menina de quatro meses. O bebê foi encontrado depois que a equipe de resgate ouviu o choro, três dias depois do tsunami. Ela estava desaparecida desde a sexta-feira.

No dia da tragédia, os pais estavam dentro de casa abraçados com bebê. A onda gigante invadiu a casa. Com a força da água, a menina foi arrastada. Não há informações sobre a mãe da criança, mas o bebê foi entregue ao pai.

O bebê foi encontrado em Ishinomaki, no nordeste do Japão. No mesmo vilarejo houve outro resgate, de um homem que ficou preso nos destroços durante cinco dias.