quarta-feira, 23 de março de 2011

Japão: tsunami atingiu 23 metros de altura

O tsunami que devastou a costa nordeste do Japão, gerado pelo violento sismo de 11 de março, atingiu uma altura de 23 metros, indica um estudo divulgado hoje pelo diário japonês Yomiuri Shimbun.
O estudo, realizado pelo Instituto de Investigação sobre Portos e Aeroportos do Japão, indica que os 23 metros de altura da onda que fez desaparecer povoações costeiras inteiras foram medidos em Ofunato, no distrito de Iwate.

O Yomiuri Shimbun adianta que o maior tsunami registado no Japão na sequência de um sismo ocorreu em 1896 e atingiu a altura de 38,2 metros.



Mais de 10.200 desaparecidosA Autoridade Geoespacial do Japão (AGJ) anunciou entretanto que a área devastada pelo tsunami de 11 de março foi de pelo menos 400 quilómetros quadrados, área que poderá aumentar, com a AGJ a referir que tem ainda por analisar cerca de 20 por cento das fotografias aéreas sobre as zonas sinistradas.

O sismo que gerou o tsunami teve magnitude 9 na escala de Richter, e o mais recente balanço refere que os dois fenómenos naturais provocaram 6.405 mortos confirmados, 10.259 desaparecidos e 2.409 feridos.



Autoridades japonesas revelaram que o desastre que assolou o país vai implicar custos na ordem dos 200 mil milhões de euros, de acordo com a agência Reuters. 
O valor torna o sismo e subsequente tsunami, que assolaram o nordeste do Japão a 11 de Março, como as catástrofes mais caras de sempre.
Os custos previstos cobrem os danos causadas em infra-estruturas, estradas, habitações e fábricas, mas não incluem as eventuais consequências no ramo da actividade económica.
Além das implicações de cariz económico, o registo oficial de mortes já atingiu os 23 mil, enquanto que mais de 250 mil pessoas encontram-se desalojadas e em centros de evacuação provisórios.
A terceira maior economia do mundo já tinha sofrido os drásticos efeitos de uma catástrofe natural, embora inferiores às provocadas pelo desastre de 11 de Março.
Em 1995, as repercussões do terramoto Kobe situaram-se nos 70 mil milhões de euros e em cerca de 6 mil mortes.





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